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terça-feira, 24 de junho de 2008

O BRASIL E A QUESTÃO DO ENSINO




Os últimos dados sobre a educação brasileira são assustadores para um país de dimensões continentais como o nosso, de economia emergente e que constitui a sexta economia mundial. A evolução de um mercado com economia globalizada exige que a sociedade tenha um poder que se chama “capital intelectual”. Estamos na chamada Sociedade do conhecimento, tão decantada por Peter Drucker e por Domenico de Masi.
O ensino médio particularmente carece de uma atenção dos governantes no que diz respeito à experiência de integrá-lo ao profissionalizante. Lógico que, o ensino fundamental, como o próprio nome já diz, deve ser o melhor possível e cada vez mais, ele se constituí no alicerce do que chamamos uma educação de qualidade. É preciso compreender em todo o processo educacional a relação entre causa e efeito de seu sucesso ou de seu fracasso.
Melhorar salários de professores, qualificá-los continuamente, equipar as escolas da melhor forma possível, melhorar os métodos de ensino procurando atrair mais o interesse dos alunos pelas aulas e buscar um sistema de ensino médio integrado ao profissionalizante atendendo às demandas do mundo do trabalho é a grande transformação que pode melhorar sensivelmente os índices educacionais brasileiros.
Os dados são mais assustadores quando se sabe que quase 7,5 milhões de trabalhadores brasileiros apresentam baixa qualificação e experiência profissional, ou ainda que apenas 18,3% do total das pessoas que buscam por trabalho no Brasil apresentam qualificação suficiente para este objetivo. Outro contraste gritante é que se nota um descompasso entre a oferta de trabalhadores e a demanda de empregados com qualificação e experiência profissional por atividade econômica, em um verdadeiro desequilíbrio entre a mão-de-obra disponível e as vagas abertas.
Para um país com escolaridade média de 9,3 anos em que a região nordeste apresenta uma média de 6 anos de escolaridade, a demanda dos subsetores financeiros e auxiliares e de comunicação e telecomunicação, conforme pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – 2007) é de 12 anos e mais de estudos.
Mais do que nunca, vale ressaltar que a vontade política de mudar o quadro atual da educação brasileira é fator de grande importância para fazer deste país uma nação de primeiro mundo. Vale lembrar que dinheiro colocado na educação é investimento e não gasto.

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