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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre o trabalho




Poderia iniciar o artigo de hoje dizendo que em termos de trabalho, somos aquilo que fazemos. E trabalhar nos dias de hoje é mais do que uma rotina diária, mas uma celebração ao prazer de se fazer algo. Gonzaguinha, um dos mais renomados compositores brasileiros, compôs a letra e música de “Trabalho e festa”, onde está escrito: “Pro homem pra quem o trabalho é festa. Todo dia é de festa é mais mió, porque a sua festa é a sua vida e o fruto do trabalho é mais maior. É toda recompensa de esforço. É a alegria no derrame do suor”. O trabalho é o cartão de visita de cada um de nós, pois confere dignidade, cidadania e contribui para que cada um dê sua contribuição ao desenvolvimento pessoal, social e econômico.
O trabalho apresenta diversas formas. Na era industrial se caracterizou por ser braçal, no qual a força era o diferencial, privilegiou em muito os homens em detrimento das mulheres. Hoje, em tempos de inovações tecnológicas constantes, o trabalho intelectual passou a ser um diferencial para os trabalhadores do conhecimento. É justamente aí que a criatividade passa a ser o combustível que alimenta a motivação diária do trabalhador.
O trabalho intelectual, diferentemente do trabalho físico, requer um maior espaço de tempo para pensar, para aprender, mas da a liberdade necessária para criar, e a medida do tempo nem sempre é realizada em horas, minutos e segundos. O trabalho físico, requer menor tempo para aprender, não estimula a criatividade do trabalhador e exige na maioria das vezes um lugar determinado para sua realização.
Por sua vez, o estilo de trabalho criativo de um artista comparado ao de um gestor que desempenha um cargo executivo, pode ser visto de várias maneiras. Uma delas, diz respeito as regras impostas para a execução destes trabalhos. Para quem cria, como o artista, as regras se tornam combustível essencial para buscar o novo, o diferente, o inusitado, enquanto para o gestor, elas sinalizam o limite e a tolerância que normatizam o trabalho.
Finalmente, o trabalho pode ser visto ao longo do tempo em duas situações distintas: Ontem, a riqueza de uma pessoa não depende das terras que ela possui (revolução industrial), mas sim de sua capacidade. Hoje, a riqueza de uma pessoa está intimamente ligada ao seu capital intelectual e menos ao que ela possui materialmente.

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