Nada mais debatido em encontros,
congressos e simpósios do que a sistemática do ensino-aprendizagem nos dias de
hoje. De um lado, centra-se o foco na figura do professor como emissor maior da
transmissão do conhecimento e de outro, os alunos no comportamento passivo e ao
mesmo tempo distante daquilo que é abordado pelo mestre durante o tempo de
aula. Em determinados momentos convive-se com dois ambientes distintos, muito
embora mestre e alunos compartilhem o mesmo ambiente físico. Dispersão,
conversas paralelas, troca de mensagens via celular, um olhar distante no
notebook ou tablet no mundo da internet, tudo isto faz o tempo passar mais
rápido.
Tratando-se de um processo pautado
no “aprender a conhecer”, “aprender a fazer”, “aprender a trabalhar em equipe”
e “aprender a ser”, cabe ao professor como administrador do ambiente de
trabalho, planejar suas aulas e tratar de motivar os alunos a compartilhar a
construção do conhecimento, tornando o tempo de aula um motivo de satisfação
para os alunos de tal modo que eles exercitem o ato de conhecer, saber como
fazer e para que fazer e trabalhar o processo de ensino-aprendizagem de tal
sorte que ali se construa o perfil do futuro profissional.
Nesse contexto dois ambientes se
destacam: o físico, composto pela sala de aula e o psicológico. Independente
das condições do primeiro e sua influência no ato de aprender, o segundo
destaca-se pelo chamado momento de equilíbrio entre os diversos atores que
participam da aula (mestre e alunos). Motivar o aluno a descobrir a capacidade
que possui para construir, compartilhar o ato de aprender, trabalhar este
processo de tal modo que a construção, a associação, a tempestade de ideias, os
questionamentos e as reflexões constituam o “mix” de ingredientes necessários
para tornar a aula mais produtiva, nos parece o melhor caminho.
O professor determina o momento e o
seu estado de equilíbrio é fundamental para atender aos anseios e necessidades,
expectativas e curiosidades do aluno e nunca, atender anseios e vontades,
frustrar expectativas e desrespeitar o senso comum do estudante.
Quem determina a produtividade de um
grupo é aquele que é responsável por cuidar e motivar as pessoas que participam
de uma atividade. Na sala de aula, o mestre é o gerente que administra a
construção do conhecimento.
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