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sábado, 20 de novembro de 2010

Educação: Uma questão de vontade política

foto:gajop.org.br
Sempre ouvimos falar que a educação é a base de desenvolvimento de um povo. No presente momento, estamos a ver o nosso país crescer, sua economia cada vez mais se destacando no cenário mundial, a tal ponto de figurármos no que se convencionou a chamar de BRIC.
Se a economia vai bem, o mesmo não acontece com a Educação. Vejamos alguns dados obtidos pela  análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2009.
Média de anos de estudo da população com mais de 15 anos: 7,5
Esse mesmo dado no nordeste: 6,3 anos
Os negros têm, em média, 1,7 ano de estudo a menos do que os brancos.
No tocante a população urbana comparada com a rural,  aquela tem 3,9 anos de estudo a mais do que a rural. Já no caso da renda, os 20% mais pobres têm, em média, 5,5 anos de estudo, enquanto os 20% mais ricos estudaram 10,7 anos.
Vamos ao que está por detrás dos números: Primeiro, a constituição federal indica que o ideal para anos de estudo mínimo são 8 anos. Disse mínimo! Os dados relativos a Educação na zona rural são discrepantes em relação a zona urbana e isso é um fator limitante ao desenvolvimento da região. Outro dado altamente discrepante e de exclusão social é no tocante a renda onde os 20% mais ricos possuem em média 10,7 anos de estudo comparados aos 20% mais pobres que possuem 5,5 anos. Realmente um fosso dos mais profundos no campo educacional, proporcionando uma desigualdade altamente excludente.
Cláudio Moura Castro, assinando um artigo em revista de circulação nacional, mencionou que "em uma universidade de elite, pediu que levantassem as mãos os que confortavelmente liam inglês. Não viu um quinto das mãos do auditório". Segundo ele, os europeus passaram do bilinguismo para o trilinguismo. Ainda falando sobre a realidade de nossas universidades mencionou: "Nossas universidades estão fora das listas das melhores, resultado da cortina de burrice, pois perdem pontos nos quesitos internacionalização".
Educação é tudo para um povo e ainda mais para um país que almeja ficar entre as cincom maiores potências econômicas. Portanto, o remédio para o Brasil no campo educacional se chama: "vontade política".
Educação é tudo!



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